Nunca ninguém viu Deus. Se
nos amamos uns aos outros, Deus vive unido conosco, e o seu amor enche
completamente o nosso coração. – 1 João 4.12
Quem
nunca quis ver Deus? Quem nunca teve uma pequena curiosidade de saber como ele
é? Que ateu nunca disse ou pensou: “Se eu visse Deus então eu iria acreditar!”
Parece que o ato de ver nos dá uma sensação de tranqüilidade. Sensação um tanto
ilusória, pois se isso realmente mudasse alguma coisa nesta terra, Deus já
teria se revelado.
Essa foi a proposta um tanto
tentadora do grande Tentador ao próprio Filho de Deus quando disse: “Se você é
o Filho de Deus, jogue-se daqui...” (Mt 4.6) Claro, quando as pessoas olhassem
Jesus caindo de uma grande altura em câmera lenta (pois os anjos não lhe deixariam
esborrachar-se no chão) sentiriam então aquela tranqüilidade ilusória: “Ah!
Agora acreditamos que Jesus é Deus!” Como se a fé dependesse da visão, e não
apenas da obra do Espírito Santo.
Imagine agora se Jesus tivesse pulado
do pináculo do Templo (coisa que ele não fez!). Então haveria uma multidão de
boca aberta. Então todos daquela geração iriam ensinar aos seus filhos e dizer:
“Olha filho, nós conhecemos um homem que pulou do pináculo do templo e
sobreviveu!” Então o filho poderia dizer: “Eu só acredito vendo!” Enfim, ou
Deus teria que fazer um milagre desses a cada geração que nascesse ou
estaríamos na mesma.
Mas deixemos as imaginações e
pensemos no que aconteceu. Um milagre que aconteceu de verdade é a ressurreição
de Cristo. A ressurreição foi vista por muitas pessoas. Pular do pináculo do
templo teria sido uma das coisas mais inúteis, mas a ressurreição não! Deus,
porém, não queria se mostrar ressuscitado a cada geração. Deus escolhe se
revelar de um jeito diferente. Jeito que é bem colocado pelo apóstolo João;
pelo amor. Alguns versículos antes o apóstolo diz que “Deus é amor” (1Jo 4.8).
Onde o amor está, então, aí está Deus!
Se alguém um dia te fizer um desafio
do tipo: “Se você crê em Deus então pula daqui de cima!” ou então: “Se você crê
em Deus você não devia ter medo de nada!” ou ainda: “Se você crê em Deus você
deveria ter resposta para tudo!” não caia nessa tentação. O cristão tem outro
desafio diante de si. O desafio de amar em um mundo em que o ódio é semeado.
O amor não é inútil. Ele é o único
capaz de permanecer ao lado de alguém em qualquer situação, mesmo que este não
tenha dinheiro, fama, resposta para tudo ou qualquer outra coisa que o mundo
considere valioso, pois o valor de alguém se mede pelo tanto de amor que Deus
entregou a ele.
Francis Dietrich Hoffmann
pastor conselheiro
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