sexta-feira, 4 de abril de 2014

Mensagem - Quem é Cristão, Segundo a Bíblia Sagrada?

Que neste tempo de Páscoa possamos afirmar de todo
coração que "Deus amou o mundo!", Mas alguém pode
perguntar: "Mas como Ele ama o mundo?"
A resposta é oferecida pelo próprio Jesus, pois
"Deus amou o mundo desta (de tal) maneira:
Dando o seu filo único para que todo aquele que nele crê,
não morra, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16).
Jesus Cristo é a verdadeira e suprema expressão do amor
de Deus por todos nós (Jo 14.6).
É importante refletirmos a respeito do adjetivo "cristão". Podemos considerar que "cristão" é aquele que se diz cristão? Essencialmente não. O cristão reconhece exclusivamente a autoridade da Bíblia Sagrada como verdadeira e inspirada Palavra de Deus, a qual não pode errar, e na qual se fundamenta toda doutrina. A Bíblia não traz somente o ensino de Jesus Cristo para viver uma vida reta, mas também traz os ensinos dEle sobre si mesmo e, principalmente, testemunha o Evangelho, que é a obra que Deus fez e faz em favor do ser humano pecador através de Cristo. O cristão sabe que é pecador e depende do amor e da misericórdia de Deus em sua vida, pois a sua natureza pecadora "não busca a Deus e não possui justiça própria" (Rm 3.9-20). Esta dependência da ação de Deus em favor do ser humano pecador, para o cristão, é a total dependência da obra realizada através de Jesus Cristo na cruz. O cristão conhece Jesus Cristo não apenas como um homem que viveu, ensinou o povo e seus discípulos, mostrou uma lei moral e morreu por ser mal compreendido, como ensinam algumas religiões. Cristão é toda aquela pessoa que conhece Jesus Cristo como o verdadeiro Deus encarnado, "a imagem do Deus invisível" (Cl 1.15) e reconhece, em sua natureza pecadora, a dependência da morte do próprio Deus "de uma vez por todas" (Hb 9.28) para oferecer o perdão dos pecados. Em palavras simples, ser cristão é acreditar em Jesus Cristo como Deus criador, Deus salvador e Deus misericordioso.

Então surge a pergunta: pode ser chamada "cristã" a fé que não reconhece Jesus Cristo como Deus e considera-o apenas um homem sábio? Pois justamente este Jesus-homem é que é frequentemente apresentado nas mídias atuais, principalmente em novelas e filmes. Esta compreensão de Jesus Cristo como um "mestre" que apenas fez e faz coisas boas é uma das ideias equivocadas apresentadas pela doutrina espírita.

O espiritismo ensina que Jesus Cristo foi um homem que ensinou a moral, com a finalidade de apresentar-se como um "exemplo a ser seguido". Toda a doutrina, bem como a compreensão de Jesus, no Espiritismo, não é fundamentada pela Bíblia, como Palavra de Deus, mas pela revelação de supostos "espíritos" que, conforme o próprio Allan Kardec (de quem é proveniente o Espiritismo Kardecista, que ficou muito conhecido no Brasil pela figura de Chico Xavier), "possuíam um conhecimento sujeito ao erro, assim como qualquer ser humano". (Allan Kardec in "O que é o Espiritismo"). Se o conhecimento destes "espíritos" é semelhante ao conhecimento humano, porque Allan Kardec não fundamentou a sua doutrina naquilo que as pessoas ao seu redor poderiam revelar? Mesmo assim, ele decidiu estabelecer a doutrina do Espiritismo moderno com base em "palavras" e "ensinamentos" que, segundo ele, não possuem valor maior do que qualquer palavra humana.

Muitas pessoas são seduzidas pelo Espiritismo por se dizer que ele ensina os princípios de Jesus Cristo, e por ser considerado um ensinamento racional. O ensino da "bondade e da caridade", segundo o qual o ser humano pode purificar-se praticando a caridade, baseia-se na "máxima espírita", de que sem a prática da caridade não há salvação. Mas será que bondade pode ser sinônimo de verdade? As pessoas que vivem na caridade podem estar certas de que estão vivendo conforme a verdade? Não, pois qualquer pessoa pode viver praticando a caridade e a bondade afundada no engano, e acabar morrendo sem conhecer a verdade. Bondade e caridade não são sinônimos de verdade, e a prática de caridade ao próximo, por melhor boa obra que seja, não pode transformar a mentira em verdade, nem mesmo tem o poder de oferecer a salvação ao ser humano pecador.

Indo mais adiante em nossa reflexão, se o ser humano possui capacidades e forças próprias para vencer a sua natureza pecadora, de viver na prática da caridade perfeita, sem buscar interesses próprios, em total santidade, não estamos descartando a obra de Jesus Cristo em nosso favor e reduzindo o seu valor a algo não tão importante assim, ou até desnecessário? Em todos os tempos existiram ensinamentos que prezavam capacidades e méritos próprios do ser humano, ignorando a cruz de Cristo e relegando a sua obra a algo simplesmente dispensável.

Pode ser cristã uma doutrina que tira Jesus Cristo do centro para colocar em seu lugar a ênfase nas capacidades e méritos humanos? Não, pois o cristão que vive conforme a Palavra de Deus reconhece a sua dependência da ação de Deus por meio de Jesus Cristo. "Somos salvos por causa de Cristo, por meio da fé, não por obras humanas, mas somente por meio de Cristo" (Artigo IV da Confissão de Augsburgo - Da Justificação).

Extraído do artigo "E vós, quem dizeis que eu sou?" do Mensageiro Luterano, nº 1179, Ano 96, Abril de 2013


Allan Kardec (França, 1804-1869). Fundador do Espiritismo Kardecista e autor de livros como "O que é o Espiritismo?" e "O Evangelho Segundo o Espiritismo", entre outros, nos quais se baseia o Espiritismo.







Chico Xavier (Brasil, 1910-2002). Médium e principal representante do Espiritismo Kardeciscista no Brasil. Suas frases são amplamente mencionadas e compartilhadas na internet, não raro por cristãos desavisados que nem sequer se dão por conta de que estão ajudando a divulgar o Espiritismo.

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